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Investimento do TikTok em data center no Ceará avança

MegaWhat Season 1 Episode 1043

No MinutoMega desta terça-feira, 4 de novembro, a jornalista da MegaWhat Camila Maia detalha os avanços do data center do TikTok em Pecém, com formalização de contratos antes do fim da vigência da MP 1.307, e contextualiza por que o projeto gera polêmica ao exportar serviços quando o Brasil ainda é deficitário e ao adicionar mais geração intermitente num sistema que precisa de flexibilidade. O episódio também explora a corrida global dos data centers, com empresas batendo recordes de valor de mercado enquanto dúvidas sobre bolha crescem, e alerta sobre piora da greve da EPE, que pode afetar cronograma de leilões de março.

SPEAKER_00:

Bom dia! Terça-feira, 4 de novembro de 2025. Sejam todos bem-vindos ao Minuto Mega, o seu café da manhã energético, disponível como podcast, todos os dias na sua plataforma de áudio digital preferida. Se você não quer perder o minuto, siga e favite o nosso podcast no seu tocador, e assim você vai receber uma notificação todos os dias quando o episódio novo estiver disponível. Eu sou a Camila Maia, jornalista da Mega Watch, and hoje a gente vai falar sobre data centers. O projeto do TikTok no Nordeste teve novos avanços, parece que será formalizado dentro da vigência da medida provisória 1307, que vem nos próximos dias. A gente ainda tem notícias de outras iniciativas no Brasil e no mundo no meio dessa corrida do ouro, dos centros de processamento de dados para a inteligência artificial. Ainda temos a piora do cenário de greve da empresa de pesquisa energética, a EPE, ameaçando ali algumas entregas necessárias para a COP30, que começa semana que vem. E na agenda a gente tem processos bem relevantes na reunião da diretoria da ANEL de hoje e uma audiência pública no Senado sobre um projeto de lei que visa limitar a tarifa de Itaipu. Eu estou de volta depois de uma semaninha de férias, uma semana muito agitada, é verdade, muitas notícias. O time da Megawat trabalhou intensamente. Eu acompanhei de longe, mas o nosso noticiário nunca para. A gente ainda tem mais medidas provisórias para acompanhar, mais negócios, o mercado continua pegando forro. E uma das medidas provisórias que está todo mundo atento é a 1307. Informalmente ela acabou conhecida como a MP do data center do TikTok, porque na prática ela foi editada para viabilizar este data center ali naquela zona de processamento de exportação de PC. O texto altera a legislação das EPS, as zonas de processamento de exportação, ampliando os benefícios fiscais a empresas de serviços que prestem serviços voltados à exportação. E exige que consumam energia exclusivamente de fontes renováveis que ainda não iniciaram as suas operações até a data de publicação da MP. E na prática é um texto que vai viabilizar aquele investimento de mais de 50 bilhões de reais num data center que será instalado em PC. A princípio, na primeira fase, ele vai ter mais ou menos 200 megawatts de potência, mas deve crescer em capacidade instalada ao longo do tempo, conforme as condições necessárias forem alcançadas. SMP foi editada no dia 21 de julho, então ela precisa ser aprovada até o dia 17 de novembro para não perder a eficácia. Só que até o momento não houve nenhum avanço ali no Congresso. Foram definidos os nomes da comissão mista, mas não foi formalizada a presidência ou a relatoria do texto, nem convocada as sessões. É claro, tudo pode acontecer, né? A gente viu aí a MP1304 na semana passada, depois de todo aquele discurso de que seria as questões mais importantes da MP1300 seriam passadas para 1304, porque aí haveria mais tempo para serem discutidas. A discussão foi extremamente atropelada. Eu, quando saí de férias, pensei que iria voltar antes da aprovação da MP, porque ela tinha até o fim dessa semana, mas acabou que tudo passou na semana passada mesmo, de uma forma muito tumultuada, tanto que muita gente ficou com dúvidas em relação ao texto final aprovado. Agora ainda não foi sancionado, a gente está esperando, né, para ver se vai ter algum tipo de veto. E aí, no caso da MP do data center do TikTok, caso ela não seja aprovada até o dia 17 de novembro, ela tem poder de lei até essa data. Então, há uma pressa dos agentes ali em formalizar todos os contratos, enquanto a MP tem esse poder de lei. E ontem a gente teve desdobramento disso, porque o Conselho da Zona de Processamento de Exportação do Ceará aprovou o enquadramento do empreendimento. Então, com isso, já está garantida ali a isenção tributária, que é fundamental para a conta fechar. Também foi formalizada a parceria entre a Ónia, que é uma investida do Pátria, e da Casa dos Ventos, com a Big Tech para a construção do centro de dados. O TikTok, aliás, a Byte Dance, né, que é a dona do TikTok, ainda não confirmou oficialmente o negócio. Todo mundo quando questiona eles, eles não se manifestam. Só que o próprio ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já falou em várias ocasiões sobre o investimento da Byte Dance no centro de dados, que vai ser o primeiro do país voltado à exportação de serviços. Oficialmente, a comunicação ali da Omnia e da Casa dos Ventos fala em uma Big Tech, mas a gente sabe que é o TikTok, né? E os investidores estão correndo, então, para fazer os investimentos necessários, que devem somar mais de 50 bilhões de reais. O valor total depende muito ali do câmbio, né? A Omnia vai entrar com 2 bilhões de dólares. Então, no câmbio atual, dá quase 11 bilhões de reais na construção da infraestrutura física. Então, isso inclui todos os prédios, a refrigeração, as conexões, segurança, tudo ali necessário neste data center. A Casa 200, a princípio, vai investir mais ou menos 4 bilhões de reais em novos parques de geração renovável dedicados ao centro de dados, já que a MP atrela o benefício à geração nova, então, com isso vai viabilizar esses novos projetos. Provavelmente são projetos enquadrados ali em diversos outros benefícios, né? Como, por exemplo, autoprodução e desconto na tarifa FIO. Isso eu estou dizendo provavelmente porque, como são projetos que a Casa dos Ventos já estava desenvolvendo, eles devem ser mais competitivos. E a potência vai ser de cerca de 300 megas. Ela é superior ao consumo que o centro de dados vai ter no começo, porque é uma geração renovável intermitente, não despachável. E aí a Casa dos Ventos vai ter que fazer toda uma gestão ali dos contratos para garantir que não haja nenhum momento de consumo descoberto, exposto a um PLD, por exemplo. Por quê? O projeto tem que ficar conectado no grid, ele não fica conectado na geração renovável. A nossa rede do sistema interligado é que vai garantir que a energia elétrica que este data center vai usar seja ali flat 24 horas por dia. Flat, eu digo, é basicamente estável, porque a gente sabe que muitas vezes há algumas oscilações ali no consumo, mas não há uma oscilação tão grande assim. Na prática, funciona quase como uma estabilidade. E aí não dá para garantir que os parques de energia renovável, que a Casa 200 vai estar lá, eles vão gerar 24 horas por 7. A gente não consegue nunca garantir isso de um projeto de geração renovável solar ou eólico, né? Esse é um dos motivos que levou o mercado a criticar essa MP. O primeiro motivo é o fato de que a MP é ditada para um único projeto. E o pessoal estava esperando ali na época ainda a MP do Redata, que saiu bem depois. Outro é que o projeto acaba incentivando a adição de mais geração renovável intermitente na região. E o que o sistema precisa agora é de geração flexível e despachável, por conta dos desafios físicos da operação. Então, mais geração renovável significa mais curtailment, uma rede mais instável, ainda que nesse caso não seja tanto assim que vai ser viabilizado. Seria um desafio grande se fossem incentivados mais novos GB e GB de geração na região, o que não é o caso, é uma primeira fase deste projeto. E aí, outra crítica que se faz é em relação à exportação do serviço. É uma oportunidade para o Brasil, é uma baita oportunidade para o Brasil, mas o mercado prefere o desenho do Redata, pelo menos no discurso, né, o que a gente tem ouvido é isso. O Redata foi criado ali pela MP1318 e ele incentiva a diversidade geográfica dos data centers, que é algo que o setor elétrico e o setor de telecomunicações também preferem, e que sejam usados para processamento de dados internamente, tem algum incentivo para isso. E o motivo é que o Brasil depende muito de processamento de dados no exterior. Então a gente vai exportar um serviço no qual ainda somos deficitários, ainda que essa exportação vá trazer muita renda, muito investimento, né? Imagina, 50 bilhões de reais num estado, isso é muita coisa, vai criar emprego ali. Então, isso explica até porque o governo do Ceará pressionou tanto por essa solução e por essa medida provisória, que foi, inclusive, anunciada num evento lá no Ceará, né? Foi até bastante curioso. Bom, o negócio até agora tem essa garantia, então, dessa primeira fase, esses 300 megamédios, mas ainda há outras expansões em curso, e aí essas expansões dependem de várias questões, e uma delas é o espaço na rede para essas grandes cargas. Como eu expliquei, esse data center vai ficar conectado ao grid, então é um grande consumidor de energia. E aí, no caso, o consumo potencial é maior do que o dos municípios do estado, né? Então, por isso, há esse regalo hoje no acesso a essas grandes cargas, uma fila ali que o ONS está equilibrando pratinhos para resolver. E a gente publicou na semana passada uma reportagem contando como que o ONS está avançando nessa solução ponte para antecipar 3 gigawatts em espaço para novos consumidores no Ceará e no Piauí, por meio da instalação de mais compensadores síncronos. A gente vai ter mais compensadores síncronos do que a gente teria nos próximos leilões. E isso vai ajudar a destravar investimentos não só em data centers, mas possivelmente em plantas de hidrogênio verde, que também estão esperando ali para serem instaladas. Os gargalos do espaço, a rede, são expressivos, então essa solução é bem importante. E aí a gente deve ver isso ajudando ali. É claro, esse é um dos elementos de toda a equação para viabilizar esses empreendimentos. No caso do hidrogênio verde, ainda tem todo o desafio da contraparte, do comprador desse hidrogênio, se o custo da molécula vai ser mesmo atrativa. E aí os data centers têm outros desafios. Embora os grandes centros de dados levem investimentos importantíssimos para os estados onde eles serão instalados, geração renovável que vai ser construída, o que é essencial para entregar emprego e renda para muita gente. Semana passada também a gente publicou a nossa entrevista lá com o CIO da Vestas, que destacou muito isso, como a cadeia depende desses novos projetos. In paralelo, você tem uma mobilização da população contra a construção desses data centers. E aí no caso de PECEN, a população tem reclamado ali, tem se mobilizado em relação ao uso de água deste empreendimento, porque eles entendem que pode desviar recursos hídricos e os mais pobres vão continuar dependendo de caminhões pipa e cisternas. E também reclamam ali da ausência de estudos ambientais. A OMEA desenhou um projeto que minimiza o uso de água com um circuito fechado de reuso. E aí, segundo a empresa, isso reduz o uso da água, algo equivalente a 70 casas, menos de 30 metros cúbicos por dia. Mas esse é um dos pontos que está sendo levantado aí. Não é só no Brasil, no mundo todo há uma discussão sobre os impactos dos data centers. A gente ainda vai ver desdobramentos dessa questão ambiental. Nos Estados Unidos tem muita polêmica sobre o uso d'água, tem discussão sobre poluição visual dos empreendimentos. E o que mais está pegando lá hoje é a questão dos impactos no grid, porque já há relatos de instabilidade na rede elétrica de algumas regiões nos Estados Unidos por conta desses investimentos nos data centers. E lá realmente é uma questão de muitos gigawatts, assim, né? As grandes empresas de tecnologia estão acelerando esses investimentos lá. Por isso já há esses problemas ali na questão do acesso à energia elétrica depois dos consumidores finais. As residências estão sendo prejudicadas. É pelo menos há uma discussão em relação a isso, né? Os governos também brigam para atrair investimentos, e aqui no Brasil, obviamente, isso está acontecendo, todo mundo quer tornar o seu estado o mais atrativo possível, porque é muito dinheiro vindo, e isso ajuda muito no desenvolvimento dos estados. Então o Ceará conseguiu a sua MP, a gente tem outros movimentos acontecendo em paralelo, o governo do Piauí também tem isso mobilizado muito, né? O Rio de Janeiro também, a Prefeitura do Rio de Janeiro continua divulgando novidades da sua AI City. Então, ontem o prefeito Eduardo Paes falou com o canal Energia sobre uma parceria que eles fizeram com a Alphabet, que é a dona do Google, para projetos de conectividade, sustentabilidade, energia e planejamento urbano. E aí a Light estima que a Capital Carioca tem potencial para 3,2 terawatts, imaginem, considerando apenas conexões com obras pequenas e sem muita complexidade. Então, é um desenho de um futuro muito transformador que a gente ainda não sabe se vai acontecer ou se é uma bolha. E essa discussão acontece no mercado financeiro. Há um debate sobre o preço das ações das big techs que tem se valorizado muito. Semana passada a Nvidia bateu 5 trilhões de dólares de valor de mercado, a Apple bateu 4 trilhões de dólares. Não há um consenso, tem investidor que garante que vai continuar subindo, que essas entregas vão ser acertadas. Tem investidor se posicionando muito ali em relação à bolha que está sendo desenhada. E aí o valor econômico hoje trouxe uma discussão discutindo, trouxe uma reportagem discutindo isso, essas análises de risco, e mencionando ali que muitas das empresas tiveram resultados trimestrais acima do que estava projetado no mercado, reforçando então essa percepção de que os gastos com infraestrutura de data centers e inteligência artificial têm mostrado resultados. E aí, o grande risco está, é claro, se a gente acabar tendo um freio nessa necessidade de processamento de dados, que é algo mais difícil porque a inteligência artificial é realmente muito transformadora, a gente começa a usar, nunca para. Na China, for example, eles estão desenvolvendo muito na parte de usos industriais disso, ganha muita competitividade. O risco está mesmo se o avanço tecnológico passar a exigir menos capacidade de processamento. Se você precisar de menos GPUs para processar a inteligência artificial, vocês devem se lembrar quando a chinesa DeepSeek anunciou que teve resultados expressivos usando muito menos GPUs. Aquele dia as ações das big tech tiveram tombo, mas depois isso ficou para trás, voltaram a subir em valor de forma consistente. E uma das empresas que tem feito anúncios é a OpenNI, que é a dona do ChatGPT. Ontem, inclusive, a OpenAI fechou um contrato de 38 bilhões de dólares com a AWS, da Amazon, para garantir capacidade de computação. E aí agora o valor dos compromissos da OpenNEI chegou a pasma em 1,5 trilhão de dólares. Porque a empresa, ela tem a ambição de adicionar 1 giga por semana de nova capacidade de processamento a partir de 2030. Então, imaginem a demanda energética de tudo isso e o preço disso. O Brasil, é claro, quer capturar parte dessa demanda, a gente tem condições para isso. A MP do Redata ajudou muito já. Então, já tem muitos projetos aí na fila. É claro, existe aí uma questão de quanto que a MP do Redata, de qual foi o desenho final do texto. Há uma pressão grande para que sejam feitas mudanças ali com a possibilidade de que o gás natural e a energia nuclear sejam fontes elegíveis ao regime, hoje não são. Outra questão é que a MP viabiliza os data centers no regime de autoprodução, que acaba exportando custos para o consumidor de energia elétrica, it's algo que pode agravar o nosso desequilíbrio tarifário, que já é tão ruim. A MP do Redata deve ter a sua conclusion só in 2026. Como ela foi editada indo, o prazo final dos 120 dias that para ali na época do recesso parlamentar, o recesso que começa no final de December, and the Congress só volta as suas atividades no começo de Fevereiro. And the prazo da medida para de contar nesse período. Então, por isso que, no fim das contas, a SMP deve ter uma conclusão um pouco mais para frente. E aí a gente vai talvez anúncios de investimentos também, sejam postergas, porque vai depender muito do desenho final. For example, essa questão da energia nuclear está sendo bem relevante. Tem muita gente apostando nisso, porque a nuclear tem potencial aí de adicionar muita geração firme sem emissão de gases poluentes. Parece que o custo da energia é muito alto, enfim, tem que ver se a conta vai fechar. Uma entidade que é muito importante para esse tipo de estudo no governo é a empresa de pesquisa energética, a EPE. E a EPE está numa situação bem complexa, passando por uma mobilização expressiva dos funcionários e uma questão que pode levar a uma greve sem data para terminar, a partir de 17 de novembro. Os funcionários enviaram uma carta ontem à noite relatando que chegaram no impasse na negociação do acordo coletivo. Depois de meses de tratativa, já fizeram cinco paralisações e não houve avanço na pauta de reajuste que eles defendem. Então, são necessárias aí. Eles reclamam que as propostas que a AIPE tem apresentado não trazem a recomposição da perda acumulada historicamente. Os reajustes propostos, eles, na verdade, eles acabam trazendo mais perdas salariais para os funcionários. Então, foi iniciada uma paralisação de 96 horas no dia 28 de outubro, e ali a EPE enviou uma lista com quase 100 empregados para retorno imediato às atividades classificadas como essenciais, incluindo estudos estratégicos como o Plano Nacional de Energia, o PDE, o Plano Decenal da Expansão, o Planejamento Anual da Operação Energética, o PLAN, o Observatório Brasileiro de Eradicação da Pobreza Energética, o BEP, outros estudos ali que são de fato fundamentais, especialmente pensando aí nas apresentações que o Brasil tem para fazer na COP30, que começa semana que vem, mas os funcionários alegaram que o atraso não configura um risco iminente à sociedade conforme define a Lei 7783, de 1989, que é a lei que garante o direito de greve. Então, por isso, eles sugeriram que a discussão tenha uma mediação ali com o Ministério Público do Trabalho. O movimento dos trabalhadores da Estatal, é claro, afeta muita coisa, tem atividades importantíssimas aí na fila, habilitação de interessados em leilões, por exemplo. Então, uma greve por tempo indeterminado poderia afetar todo o cronograma de leilões, aumenta a pressão do governo por uma solução. A próxima paralisação está prevista para a semana dia 10 a 14 de novembro, por 120 horas. Eles estão crescendo a duração dessas paralisações. E aí, a partir de 17 de novembro, pode ter uma paralisação por tempo indeterminado. Na agenda de hoje, um dos destaques é a reunião da diretoria da ANEL. Tem pautas bem relevantes. Uma delas é a proposta de abertura de consulta pública para a definição da regra definitiva do monitoramento dos agentes do mercado livre, né? Monitoramento prudencial dos agentes do mercado livre de energia. O voto do relator, o diretor Gentil Nogueira, foi publicado antes. Propõe ali, então, a abertura dessa consulta pública, avalia que o período sombra, que começou em novembro de 23, já cumpriu o seu papel, o sistema está pronto para uma fase de consolidação. A reunião ainda vai discutir também o futuro dos contratos de concessão de distribuição da Enel São Paulo e da Lite. No caso da Enel, a gente está falando aqui daquele processo que poderia levar à caducidade do contrato da distribuidora, o termo de intimação que a ANEL emitiu, porque entendeu que a empresa descumpriu o plano de contingência durante as forte-chuvas que atingiram a área de concessão da empresa em novembro de 2023 e depois em outubro de 2024. A conclusão desse processo pode levar a agência a recomendar o fim do atual contrato, a caducidade, e aí isso, claro, inviabilizaria a renovação do contrato de concessão, que teve um parecer favorável das áreas técnicas, mas não pode avançar enquanto o outro processo não for concluído. Em relação a Light, o diretor Gentil Nogueira também antecipou o seu voto, deu ali um parecer favorável para a renovação da concessão por 30 anos. O contrato atual vence em junho de 26 e uma das pendências para a renovação era a quitação das dívidas de PTU, que a Light tem com a Prefeitura Carioca, e isso já foi sanado segundo o voto do GENTIL. Na agenda de hoje ainda tem outro destaque, que é a Comissão de Infraestrutura do Senado, fazendo uma audiência pública para debater o projeto de lei 1830 de 2025, que limita o preço da energia de Itaipu. É um PL de autoria do senador Espiridião Amin e bota ali um teto de 12 dólares por kilowatt, limitando apenas a energia destinada ao Brasil, não abrange a parcela do Paraguai. E aí a gente deve ter executivos aí da Embepar, de Itaipu, e representantes do governo do Ministério de Minas e Energia e do Itamaraty, que no fim é quem lidera as negociações diplomáticas com o Paraguai. A gente vai acompanhar tudo. Fiquem de olho no site da MegaWatch, que agora é megawatch.u.com.br. E assim você fica bem informado e sabe tudo o que vai acontecer. Quando você acessar o nosso site, aproveita e se cadastra para receber a Mega News, a newsletter mais completa do setor, tem todas as notícias importantes que você precisa para iniciar o dia, além da agenda completa com todos os eventos, muito mais do que eu mencione aqui no minuto, inclusive. 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